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O que resta para a oposição….

agosto 31, 2013
A vida segue ficando mais dura para a oposição. Seus factoides seguem em baixa e sendo cada vez mais desmoralizados. Dos estádios de futebol que nunca ficariam prontos, passando pelos preços “alarmantes” dos tomates, descontrole inflacionário e PIB pequeno, ou melhor (?), pibinho.
Os estádios já estão aí. Os tomates estão mais baratos do que no ano passado. Inflação, para a alegria daqueles que enxergam a economia apenas como controle dela, à beira de zero. E o PIB, bem esse está perto dos 4% nos últimos 12 meses. No segundo trimestre desse ano o Brasil só cresceu menos do que a China, o dobro dos EUA e o México, único país latino com “responsabilidade” segundo o receituário neoliberal, decresceu 0,7%.
Na esfera política propriamente dita, os índices de popularidade da Presidenta Dilma Rousseff estão em franca recuperação. Os nomes que a oposição apresenta estão fincados no chão e batendo cabeça. Serra arma alguma cilada para Aécio no PSDB – podendo até a sair do partido arrastando um monte de gente com ele. Eduardo Campos não encontra unidade no PSB para ser candidato de oposição em 2014, Marina Silva não conseguiu criar seu partido antipartido e seus principais aliados, Itaú e Natura, estão envolto com dívidas na Receita Federal. Isso não deve pegar bem em uma disputa política.

O PSDB tem o esquema do metrô e a peripécia das privatizações volta à cena com o livro do jornalista Palmério Dória chamado “O príncipe da privataria”. Na publicação está como todo o esquema da compra de votos no Congresso Nacional foi montada para garantir a reeleição de FHC nos anos 1990. Campos não consegue “sair” de Pernambuco e mesmo assim, segundo pesquisas, se vencer em seu estado natal, não é de goleada. Aliás, há pesquisas que apontam que ele perde para Dilma em Recife.
Dilma além de ter a seu favor os acontecimentos já aqui mencionados, tem a briga contra a elite médica xenófoba e corporativista, onde muita gente que não vota nela a apoia nessa empreitada. Tem o fator Lula, o que por si só já é muita coisa. Mas a eleição de 2014 não é um fato consumado.
Não se pode desprezar a mídia centralizada, partidarizada e reacionária que temos no Brasil. Ela inventa fatos e cria situações todos os dias na tentativa de desestabilizar não somente o governo federal, mas também o país. Vide os tomates, os estádios e mais recente, “prefeituras que demitiriam médicos para dar lugar aos cubanos”. Informação falsa publicada na Folha de S. Paulo desmentida em poucas horas nas redes sociais e plantada por uma secretária de saúde do PSDB da idade de Barbalho no Ceará. Estado cujos médicos organizaram as ofensas aos cubanos quando esses desembarcaram para atuar no programa Mais Médicos.
Faltando mais de um ano para a próxima disputa eleitoral muita coisa ainda pode acontecer, mas as jogadas da direita não emplacam. Se a disputa política fosse um jogo de batalha naval, todos os seus tiros seriam n’água. O que aumenta o desespero de quem quer a volta do atraso ao país. Esse não tem agenda, não tem nome e nem o discurso moralista, então o que lhes resta? Golpe? Sim, mas não o que vimos em 1964 – que foi apoiado por esses mesmos setores –, mas na forma de manipulação da informação a na constante tentativa de criação de um ambiente pessimista e de fracasso total de tudo o que foi construído desde 2003. Se isso vai “colar”, é outra conversa. No momento, parece que não.
cadu amaral

Dilma retoma o fôlego

agosto 31, 2013
Mesmo munido de lupa o leitor terá dificuldades de encontrar nas fotos das manifestações de rua, entre junho e julho, e dos pequenos protestos de agora faixas ou cartazes diretamente dirigidos contra a presidenta Dilma Rousseff. Naquele momento ela surfava uma popularidade inédita na história do País.


As referências indiretas, no entanto, estavam lá, no mal-estar geral que a sociedade expunha: saúde, educação, violência e o surpreendente ataque às obras monumentais dos estádios de futebol, que contaram com apoio maciço dos governos estaduais onde foram e estão sendo construídos.

Não haveria palanque melhor na eleição de 2014. Ninguém duvidava disso. Prepararam uma festa, uma Copa do Mundo, para fazer orgulho ao país do futebol. Os torcedores saíram às ruas País afora. Não distribuíam os aplausos esperados, e, sim, inesperados apupos.

Dilma não era o alvo dos protestos e não houve, naquele momento, quem tenha afirmado que a violenta e rápida queda na popularidade dela e do governo era resultado das manifestações. Não se encontrava uma explicação consistente para sustentar a perda de apoio na sociedade, em torno de 35 pontos, em pouco mais de 30 dias. Uma anomalia.

Em pouco tempo, porém, Dilma virou alvo dos analistas conservadores ou “da imprensa de direita”, como pondera com razão e ousadia o ministro Joaquim Barbosa. Eles tentaram dar o empurrão para ela cair no precipício.

Mas o tombo foi coletivo. Poucos governantes escaparam do fenômeno. Há provas consistentes da queda geral na popularidade. De alto a baixo. Números da pesquisa Ibope de meados de julho, nunca publicados pela imprensa, mostram isso.

A popularidade da presidenta, no conceito “ótimo e bom” (31%), após a queda vertiginosa (caiu de 57%), manteve-se maior, embora na margem de erro, do que a média dos governadores e dos prefeitos: 28%.

Todos eram alvo daquela surpreendente irrupção social com pouca participação popular. Dilma surpreende quando cai e quando sobe. Nas duas últimas pesquisas (Datafolha e Ibope), ela iniciou um processo de recuperação da popularidade. Voltou, segundo o Ibope, a alcançar 38% de “ótimo e bom”. Ao contrário do que se falou, a reação positiva nada tem a ver com o fim ou a diminuição das manifestações.

As melhores referências são as feiras livres e as gôndolas dos supermercados.

Na ótica do Ibope há uma correlação entre a avaliação da presidenta e a dos governadores: “De um modo geral, nos estados em que os governadores são mais bem avaliados, a presidenta também é mais bem avaliada, independentemente do partido político do governador”. Ou seja, em geral, o negativo e o positivo são creditados tanto ao governador quanto ao governo federal.

Não havia certeza sobre o que a fez perder bruscamente a popularidade que tinha, assim como agora ainda não se pode avaliar a razão pela qual está se reabilitando. E há notícias de que continua em viés de alta.

mauricio dias

Eduardo Campos: a incoerência e o ponto degolado

agosto 31, 2013

Bom dia!
Desculpe-me, mas sou obrigado a fazer algumas cobranças ao senhor, democraticamente!

Não percebi em suas notas a respeito da filiação de um Bornhausen a um partido “socialista” nem uma pontinha de critica. Oras, será que eles não precisam obedecer à coerência? Será que eles são seres superiores, que jamais terão de ser cobrados por suas contradições?

Se fosse alguém como o Lula se filiando a um partido Liberal, como seria a sua coluna? Se fosse um petista graúdo defendendo a privatização, o senhor não faria uma análise da contradição? E agora, essa análise não precisa ser feita? Socialistas, os Bornhausen???

Em segundo lugar, gostaria de perguntar uma outra coisa, embora eu já tenha percebido que vocês jornalistas não costumam se preocupar com isso… Se um médico bate o ponto e não trabalha, vocês criticam, certo? Se um professor falta ao trabalho, vocês criticam… Agora, se um secretário de governo marca um evento partidário para um dia útil, durante o horário de expediente, ninguém acha estranho, reparou?

O Eduardo Campos não é governador??? Será que ele não deveria fazer eventos políticos apenas aos finais de semana??? Hoje além de não trabalhar naquilo que deveria (será que o salário dele será descontado?) ele ainda vai atrapalhar o trabalho de metade do governo catarinense! O governador e não sei quantos secretários não vão trabalhar hoje, pelo menos algumas horas, para fazer política partidária… Pode isso?

Que tal se eu (que sou professor) resolver sair por aí, durante os meus horários de trabalho, para fazer filiações novas ao meu partido??? Será que o Colombo vai compreender e vai deixar numa boa???

Por último, aproveitando a oportunidade, quero perguntar ao senhor se não valeria uma notinha a seguinte declaração do sr Marco Tebaldi (aquele que já ajudou a destruir a carreira dos professores no passado): “Acho que foi uma armação do governo para ter motivação para não cassar José Genoíno e João Paulo Cunha”. Essa declaração está no DC de hoje, sobre a não cassação do mandato do deputado Donadon.

Agora o detalhe: o deputado do PSDB acusa o governo de fazer uma “armação” mas esquece de comentar que ELE MESMO ESTAVA em Brasília e NÃO VOTOU!!! É ou não é um deboche aos catarinenses que o elegeram? Não merece o “digníssimo” deputado uma cobrança dos jornalistas catarinenses?

Ou só o PT e os partidos de esquerda precisam ter coerência? Eu estou ficando louco, ou esses senhores todos podem mesmo fazer o que bem entendem e não precisam nunca dar explicações, justificar suas ações???

Grande abraço,
André de Mattos.”

Médico cobra para fazer parto pelo SUS: são milhões de casos como parecidos!

agosto 30, 2013

Um morador da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, afirma que teve que pagar dois salários mínimos a um médico para que fosse realizado o parto do filho dele. Luís Henrique do Espírito Santo relata que a esposa estava internada na Maternidade Ester Gomes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas R$ 1,2 mil foram cobrados pelo médico da unidade de saúde para que fosse realizada uma cesariana. O bebê nasceu na noite de segunda-feira (5).

“Eu levei a minha esposa no sábado (3) e ele [médico] mandou voltar no domingo (4). No domingo, ela foi de novo, passou a madrugada e nada de ter o neném. Quando chegou na segunda-feira à tarde, ela falou comigo e disse que não estava aguentando mais. Eu fui na recepção e pedi para a mulher perguntar ao médico o valor pra fazer o parto. Ele disse que, se eu pagasse dois salários [mínimos], faria”, conta o pai da criança.

Luís Henrique aponta que, então, decidiu pedir o dinheiro emprestado ao pai para pagar o médico. “Minha irmã trouxe o dinheiro e ele fez o parto. Só que o gerente [da maternidade] descobriu e disse que o médico errou. Disse que, se ela estava internada pelo SUS, como é que ele vai cobrar?”, acrescenta. O G1 procurou o médico responsável pelo procedimento. Por telefone, ele informou que prefere não comentar o assunto.

De acordo com Leopoldo dos Anjos, diretor administrativo da maternidade, o parto pago, feito pelo médico, não foi autorizado pela unidade. “Médico nenhum tem esse orientação. Isso foi um acerto entre o esposo e o médico. Quando eu soube dessa história, soube através da imprensa e tomei as providências. O hospital não ficou com nenhum centavo”, afirma.

Leopoldo dos Anjos aponta que o dinheiro será devolvido aos pais da criança na quarta-feira (7) e que o médico responsável será advertido. “Acho que família ficou agoniada porque o trabalho de parto é complicado e, então, procuraram o médico. Já entrei em contato com ele [o médico] e vou fazer uma advertência para que isso não aconteça mais”.

A maternidade atende a cerca de 120 municípios da região e realiza mais de 450 partos por mês, informa o diretor. Segundo o pai da criança, o bebê nasceu saudável e deverá receber alta, assim como a mãe, também na quarta-feira. “Agora está tudo resolvido. O gerente disse que vai entregar o dinheiro amanhã e eu vou devolver ao meu pai”, conta Luís Henrique.

fonte: Tatiana Dourado

PSDB dá calote em almoço com Aécio Neves….

agosto 30, 2013

No convite para o almoço realizado com a bancada de deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo do PSDB e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi informado que cada presente pagaria por sua refeição em um restaurante na região central da capital paulista: R$ 68. No entanto, alguns parlamentares deixaram o evento sem pagar.

O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado Duarte Nogueira (PSDB), afirmou que o tesoureiro do partido estava presente e faria o levantamento de quem não pagou para cobrar.

No cardápio salada de folhas verdes e para o prato principal era possível optar entre filé à parmegiana, capeletti recheado de carne ao molho quatro queijos ou peixe à Fiorentina. Garçons serviram também uísque e vinho, não inclusos no pacote.

PT tem nomes para disputar em 18 estados, entre eles SC com Claudio Vignatti

agosto 30, 2013

Levantamento preliminar feito pela direção nacional do PT mostra que o partido tem hoje nomes aptos a disputar o governo de 18 estados. Em 2010 o PT teve 10 candidatos a governador e ganhou em cinco estados.

Segundo dirigentes petistas, o número de candidatos deve diminuir a partir do momento em que o partido começar a definir as alianças em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff. A reeleição de Dilma e o aumento das bancadas na Câmara e no Senado são as prioridades do PT em 2014.

“Uma definição mais clara começa a se acertar depois do dia 5 de outubro com o fim do prazo de filiações para quem vai disputar 2014”, disse o presidente do PT, Rui Falcão.

Divulgação PT Nacional

Presidente do partido, Rui Falcão, à direita na foto em festa do PT

 

Além do troca-troca partidário, outro fator determinante será a candidatura ou não do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à presidência. Se o pessebista não for candidato, o PT certamente abrirá mão de lançar candidatos a governador em Pernambuco e outros estados governados pelo PSB em troca do apoio da sigla a Dilma.

Por enquanto o PT admite apoiar pessebistas no Ceará e Espírito Santo, onde os governadores Cid Gomes e Renato Casagrande, ambos do PSB, estão mais próximos de Dilma do que de Campos.

A prioridade do PT, no entanto, é o PMDB do vice-presidente Michel Temer. Na segunda-feira as cúpulas dos dois partidos se reuniram no Palácio do Jaburu mas falaram pouco sobre as alianças nos estados.

Estão praticamente certos os apoios do PT a candidatos do PMDB no Pará, Paraíba, Amazonas e Alagoas. Com isso o partido espera contemplar alguns dos mais importantes caciques peemedebistas como Jáder Barbalho, Eduardo Braga e Renan Calheiros.

É grande a possibilidade de Dilma ter dois palanques em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

“Mas a joia da coroa para o PMDB é o Rio de Janeiro”, disse um cardeal petista.

No segundo maior colégio eleitoral do país, governado desde 2007 pelo peemedebista Sérgio Cabral que deseja eleger seu vice, Luiz Fernando Pezão. Por enquanto a possibilidade de dois palanques não está descartada , as direções partidárias trabalham para evitar conflitos entre o governador e senador Lindberg Farias. A definição deve acontecer só no início do ano que vem dependendo do resultado das pesquisas e da capacidade de recuperação de Cabral, alvo de protestos diários desde junho.

“Nenhum dos dois partidos tem um nome amplamente favorito. O importante é cuidar bem do processo para que o partido alijado não vá parar no colo dos adversários”, disse uma fonte próxima a Temer.

O PT evita revelar o mapa completo dos estados alegando que muita coisa ainda vai acontecer até a definição das candidaturas. Outro motivo para o segredo é evitar mais atritos com o principal partido aliado com o qual mantém uma relação frágil no Congresso.

A maior novidade em relação a 2010 é Minas Gerais, onde o PT apoiou Hélio Costa (PMDB) na última eleição e agora trabalha por uma aliança em torno do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.